Tuesday, December 26, 2006

 

Vamos encarar ou patinar mais 2.000 anos?

Não consegui dormir. A insônia é coisa rara pra mim, normalmente sou bom de cama: deito e durmo!

O que será que aconteceu? Foram os amendoins? Mas além deles, da manga e de algumas ameixas e maçãs, praticamente foi só o que comi hoje. Ainda estou um pouco queimado da praia (alemão branquela sofre), mas ontem à noite isso não foi problema.

E rolando na cama os pensamentos fazem um turbilhão na mente. 2006 terminando, e continuamos queimando petróleo pra dedéu, caminhando cada vez mais rápido para o inferno. Os miseráveis africanos continuam se matando. Invadimos o Iraque para assassinar o assassino: que exemplo damos às nossas crianças? Palestina insolúvel. Estamos nos asfixiando com a burocracia: criamos problemas que não existem e vamos patinar mais ainda. Ah, merda, pensar nisso realmente pode ter me tirado o sono.

O que fazer além de ser? Não sei, mas não canso de procurar. Mais 2.000 anos de loucura? Dá vontade de chorar. Não pode, não aceito, me revolto. Sei que não adianta mandar o Bush pra Lua e desativar as bombas atômicas – mesmo desligar os automóveis, apesar de imprescindível – porque não vale a pena apenas sobreviver. Não, nessa altura do campeonato seria muita mediocridade. Mas nem isso garantimos à maioria!

Jesus disse pra não desanimar. Falou e disse, né? Agora vai ou racha.

Gente, é muita responsabilidade nas nossas mãos, me envergonha que estejamos vacilando tanto. Tenho por diretriz ignorar as forças do mal, mas será a melhor estratégia? Sempre achei que reconhecê-las é dar cartaz, encher a bolinha dos vampiros. Continuo acreditando que essa deve ser a estratégia principal, pois as cruzadas e guerras santas facilmente descambam para a violência – e aí nos igualamos a eles, justamente seu desejo. Esse é o perigo. Teoricamente se mantivermos a vibração elevada não tem como eles nos dominarem. Teoricamente. E de teoria nessa área sou reles auto-didata.

Tenho medo da caça às bruxas, da paranóia coletiva que vê inimigos por todos os lados, fazendo que levantemos nossas guardas e fiquemos na defensiva, em atitude belicosa. Não pode ser esse nosso combate. Não podemos ter MEDO. Eis aí uma das chaves mestras. Quem não mergulhar de olhos fechados não vai chegar a lugar algum. Tem que mirar e se jogar – o máximo que pode acontecer é se esborrachar e ter que tentar de novo. Isso sempre pode ser feito. Mas existem tantas forças nos freando, dentro e fora de nós, que se não rompermos a couraça, não derrubarmos alguns muros, não nos arriscarmos, nem que seja um pouco, áh, merda, nem saímos do lugar...

Tudo muito bonitinho... Bom, isso tem sido nossa luta a vida inteira, não? A gente já sabe há zil anos...

Não dá mais pra vacilar assim. Ou a gente pega todos juntos, MESMO, ou estaremos perdendo nosso tempo. Não dá mais pra se distrair com frescura. Eu dou um monte de porrada (aí pode...) nas minhas frescuras, mas mesmo ainda sou muito fresco! Como é que pode? Vocês têm que me ajudar! E eu quero ajudar vocês em TUDO que for possível. Eu disse TUDO? Isso mesmo: menos que isso é medíocre.

Nós temos que SABER isso, ACREDITAR nisso, e não ter medo de CONFIAR uns nos outros. Traições haverá? Certamente! Sofreremos, choraremos, morreremos gemendo talvez, mas é assim mesmo! Vale a pena. Se ACREDITAMOS nisso, não podemos viver de outra maneira. Seria desperdiçar nossas vidas.

Eu tenho pressa. E vocês?

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