Sunday, June 08, 2008
O Rio Grande suportará?
Lula sempre ganhou as eleições aqui no RS enquanto perdia no resto do Brasil. Após o mensalão, ganhou em quase todo o Brasil, enquanto que no RS teve uma derrota acachapante.
Os gaúchos estamos tão enojados com a política que mesmo as prisões de dirigentes do Governo Yeda não nos comoveram. As falcatruas desnudadas pela CPI do Detran ainda não me faziam crer em 'impeacheament' da governadora, mas acho que o último dique que represava nossa indignação foi rompido com a colossal confissão do Chefe da Casa Civil gravada e divulgada pelo próprio Vice-Governador.
Acho que as manifestações vão se radicalizar e teremos um tempo muito ruim pela frente. Repito: assim como não fomos condescendentes com Lula, não seremos com Yeda. Ela tem ainda mais de dois anos de mandato, tempo longo demais, para tristeza dos gaúchos. Não sei se ela conseguirá suportar o rojão. Se Yeda pensasse no melhor para o Rio Grande, renunciaria e acabaria com essa agonia, mesmo sabendo-se que Feijó não é flor que se cheire. Que dilema!
Os gaúchos estamos tão enojados com a política que mesmo as prisões de dirigentes do Governo Yeda não nos comoveram. As falcatruas desnudadas pela CPI do Detran ainda não me faziam crer em 'impeacheament' da governadora, mas acho que o último dique que represava nossa indignação foi rompido com a colossal confissão do Chefe da Casa Civil gravada e divulgada pelo próprio Vice-Governador.
Acho que as manifestações vão se radicalizar e teremos um tempo muito ruim pela frente. Repito: assim como não fomos condescendentes com Lula, não seremos com Yeda. Ela tem ainda mais de dois anos de mandato, tempo longo demais, para tristeza dos gaúchos. Não sei se ela conseguirá suportar o rojão. Se Yeda pensasse no melhor para o Rio Grande, renunciaria e acabaria com essa agonia, mesmo sabendo-se que Feijó não é flor que se cheire. Que dilema!
# posted by Paulo Renato @ 8:52 AM 
Comments:
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O dia que o Feijó divulgou a gravação do Busatto foi o mais explosivo da História gaúcha das últimas décadas. A impressão que se tinha naquele momento é que o tema do impeachment se imporia na sociedade, não só entre os ‘esquerdistas’. E de fato a imprensa de todo o país pautou intensamente essa questão – a Zero Hora chegou a fazer uma pesquisa perguntando se os gaúchos acreditavam que a governadora concluiria seu mandato! Relembrando o discurso da então deputada Yeda Crusius, em pronunciamento na Câmara Federal no dia 14 de julho de 2005, fica evidente sua contradição:
“A crise é política e moral. É muito profunda. Em todos os lugares por onde andamos e ainda através do e-mail ou do telefone, as perguntas que ouvimos são sempre as mesmas: "que crise é esta? Qual é o seu tamanho? Como enfrentá-la?". Quando falamos com gente de todo tipo, gente simples, iletrada e letrada, a pergunta é: não é caso de impeachment?
Nós, com nossa ação política, dizemos: se todos - poder legislativo, imprensa, Governo, Ministério Público - respondermos dizendo sim, com seriedade e responsabilidade, às investigações; se todos pudermos juntos, acima dos partidos, enfrentar o que precisa ser mudado para consertar o estrago, pode-se sim chegar à conclusão de ser caso de impeachment.
O voto levou S.Exa. para a Chefia do Executivo. Se tudo que se comprovou até agora se confirmar, o voto o tirará daí.”
Contudo, não creio no seu impedimento pois, além dela ter amplo apoio na Assembléia Legislativa, os dois maiores partidos de sua base – PMDB e PP – são justamente os mais envolvidos nas denúncias e não dariam um tiro no próprio pé. Acredito, contudo, que ao contrário do que se vê no plano nacional - com Maluf, por exemplo - os gaúchos não serão condescendentes com esses fatos e não reelegerão a governadora.
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“A crise é política e moral. É muito profunda. Em todos os lugares por onde andamos e ainda através do e-mail ou do telefone, as perguntas que ouvimos são sempre as mesmas: "que crise é esta? Qual é o seu tamanho? Como enfrentá-la?". Quando falamos com gente de todo tipo, gente simples, iletrada e letrada, a pergunta é: não é caso de impeachment?
Nós, com nossa ação política, dizemos: se todos - poder legislativo, imprensa, Governo, Ministério Público - respondermos dizendo sim, com seriedade e responsabilidade, às investigações; se todos pudermos juntos, acima dos partidos, enfrentar o que precisa ser mudado para consertar o estrago, pode-se sim chegar à conclusão de ser caso de impeachment.
O voto levou S.Exa. para a Chefia do Executivo. Se tudo que se comprovou até agora se confirmar, o voto o tirará daí.”
Contudo, não creio no seu impedimento pois, além dela ter amplo apoio na Assembléia Legislativa, os dois maiores partidos de sua base – PMDB e PP – são justamente os mais envolvidos nas denúncias e não dariam um tiro no próprio pé. Acredito, contudo, que ao contrário do que se vê no plano nacional - com Maluf, por exemplo - os gaúchos não serão condescendentes com esses fatos e não reelegerão a governadora.
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